Modelos sistêmicos

Seguindo com as explanações sobre o que são sistemas, para que possamos compreender melhor o que é Sistemas de Informação, abordarei os modelos sistemicos existentes: modelo geral sistema-meio, modelo estático de sistema, modelo dinâmico de sistema.

Modelo geral Sistema-meio
Sistemas existem dentro de um dado espaço, e este é separado do meio pelos limites do sistema. O meio é o contexto dentro do qual o sistema está inserido e inclui o que pode afetar ou ser afetado por ele. Normalmente não se pode precisar os limites de um sistema, pois existem aberturas nos limites, com as quais ele interage com o meio.
Entrada é um termo que se refere a tudo que o sistema recebe e saída é tudo o que o sistema devolve ao meio.
Como exemplo de entradas, podemos citar expectativas, demandas, exigências, coações, recursos. Por recursos, entende-se informação, pessoal, energia, material, dinheiro, enfim, tudo que for necessário para os processos do sistema.
No estudo de um sistema, é importante definir a qual sistema mais amplo pertence o sistema em estudo, e em que contribui para as características do sistema maior. Além disso, quais são os outros sistemas que constituem junto com ele, o sistema maior. E, por fim, quais os sistemas menores que constituem o sistema em estudo.
Sistemas são fechados se os seus limites o isolam e se não há intercâmbio do sistema com o meio. E um sistema é aberto se os seus limites não são definidos ou se há aberturas que possibilitam a interação com o meio, ou seja, quase todos os sistemas conhecidos são abertos.


Modelo estático de Sistema
Objetivos, funções e componentes. Sistemas são criados com a finalidade de atingir determinados objetivos. E, para isso, empregam componentes capazes de executar as funções exigidas.
Quanto mais específico e detalhado o objetivo, tanto mais fácil a identificação das funções que terão de ser executadas para atingi-los. Quanto maior a precisão da análise das necessidades e das definições das exigências, mais especificamente podemos estabelecer o objetivo do sistema. E, quanto maior a precisão da medida de sua execução, maior será a probabilidade de que as suas necessidades sejam satisfeitas.
Quanto mais especificamente descrevermos as funções, mais habilitados estaremos em selecionar os componentes que têm as capacidades exigidas para executar as funções. Existem as funções gerais, como entrada, saída, feedback, controle e integração. A função geral chave é a transformação. Existem ainda as funções específicas, que podem ser identificadas através da análise cuidadosa dos objetivos.
Partes ou componentes são selecionados com base na análise das funções e suas capacidades para executá-las, e suas características são determinadas pelas funções do sistema.


Modelo dinâmico de Sistema
O modelo geral de operações de um sistema consiste de processamento de entrada, transformação, processamento de saída, feedback e ajustamento.
O processamento de entrada é a interação entre o sistema e o meio, a identificação de entrada relevante ao sistema e sua introdução nele, com isto, ativando-o.
O processo de transformação possui três dominínos interativos e interdependentes:
*Produção - responsável por produzir a transformação desejada;
*Facilitação - responde pelo contínuo forncimento de energia para manutenção dos componentes da transformação;
*Controle e ajustamento: análise do feedback, pata introduzir as otimizações ao processo de transformação.
O processamento de saída consiste em devolver ao meio as entradas transformadas no processo de transformação.
O processo de feedback e ajustamento é muito importante, pois garante a manutenção do sistema. Ela é dada pela coleta de evidências sobre a adequação da saída e operações do sistema, análise e interpretação destas evidências. Construção de um modelo de ajustamento, determinando as consequências do ajustamento, e introduzi-lo no sistema.

Segue um gráfico do modelo dinâmico de sistema (feito por mim no Paint, então não é bem rústico, rsrsrsrsrs)



No próximo post, o pensamento mecanicista versus o pensamento sistemico.

Sistemas

Dando prosseguimento à introdução do que vem a ser SI, sistemas serão a pauta deste post. Não me refiro apenas a um sistema computadorizado, falo do significado da palavra sistema, o que, afinal, vêm a ser um sistema.

No dicionário Aurélio encontramos cerca de 10 definições para sistemas, entre elas:

* Conjuntos de elementos, materiais ou ideais, entre os quais se possa encontrar ou definir alguma relação;
* Reunião de elementos naturais da mesma espécie que constituem um conjunto intimamente relacionado;
* O conjunto de instituições políticas ou sociais, e dos métodos por elas adotados, encarados quer do ponto de vista teórico, quer do de sua aplicação prática;
* Modo, maneira, forma , jeito;
* Conjunto de órgãos compostos dos mesmos tecidos e que desempenham funções similares.

Vários autores tem suas concepções de sistemas. Um dos autores que mais contribuiu para a teoria dos sistemas foi Bertalanffy, e ele definia um sistema como um conjunto de unidades entre as quais existe relação.

Então, os sistemas são um conjunto de partes independentes e que interagem entre si, buscando um propósito comum. E para que esse objetivo do sistema seja alcançado é necessário que todas as partes que o componham estejam presentes. Na matemática existe a máxima de que a ordem dos fatores não altera o produto, porém em um sistema, a ordem afeta o desempenho do sistema.
A existência de interação ou relação entre os componentes é um aspecto central que identifica a existência de um sistema. Em um conjunto de elementos onde não se evidencia esta interação não pode ser considerado um sistema, senão uma coleção de partes.

Um sistema tem propriedades emergentes que não podem ser encontradas em suas partes, ou seja, dividindo um sistema em partes menores, ele perde suas caracteristicas. Essa divisão de algo em partes e o estudo destas em separado é chamada de análise.
Daí surge uma frase que sintetiza o pensamento sistêmico: "O todo é maior que a soma das suas partes".

Sistemas podem ser de concretos, naturais, artificiais, dinâmico, conceituais, abertos, fechados. Podem estar caracterizados em mais de um tipo.

Propriedades comum aos sistemas são as seguintes:
ADAPTABILIDADE: capacidade de um sistema adaptar-se ao meio ambiente;
HOMEOSTASIA: capacidade do sistema voltar a um estado de equilíbrio;
SIMBIOSE: relação necessária entre organismos diferentes;
SINERGIA: são relações em que as ações cooperativas de agentes independentes, produzem efeitos totais maiores que as somas de seus efeitos tomados independentemente;
REDUNDÂNCIA: descreve um estado em que o sistema contém objetos supérfluos;
CAIXA PRETA: refere-se a um sistema cujo interior não pode (ou não interessa) ser desvendado;
ENTROPIA: determina o grau de desordem no sistema;
INFORMAÇÃO: reduz a incerteza e determina o grau de ordem no sistema.


No próximo post, serão abordados modelos de sistemas: sistema-meio, estático, dinâmico.

Agora, tendo em vista as propriedades de um sistema, quais são as que faltam ou são pouco trabalhadas no sistema que forma a sociedade brasileira?

O primeiro

Primeiro post do blog, então creio que uma visão geral do que vem a ser Sistemas de Informação é um bom começo.

Sistemas de informação têm várias concepções:
Sistema de informação automatizada ou mesmo manual, que abrange pessoas, máquinas, métodos que são utilizados para coletar, processar e transmitir dados que representem alguma informação ao usuário.
Pode também ser descrito como uma área do conhecimento que tem por objetivo estudar os sistemas de informação e sua relação com as organizações.
Ou ainda, é classificada como curso de graduação cujo foco é o desenvolvimentos e aplicação de sistemas de informação automatizados em organizações, buscando suprir necessidades da empresa.

A informação é de suma importância na atual sociedade, e para que essa informação tenha algum valor ela precisa ser clara, precisa, rápida e dirigida.
Clara: sem dados desnecessários;
Precisa: não pode ser aproximada e não pode conter erros;
Rápida: chegar a tempo para ser usada na tomada de decisões;
Dirigida: chegar a quem necessita da informação e possa usá-la corretamente.

A cada dia que passa é crescente o volume de informações que circulam nas organizações e mais rápido é o ritmo com que se tem de utilizar essas informações para a tomada de decisões estratégicas. Dada essa necessidade de agilidade e precisão nas informações, o mercado de ti (tecnologia da informação) é crescente e necessita de profissionais capacitados.

Há uma defasagem grande de profissionais nesta área, e esta falta de trabalhadores capacitados ao trabalho de ti parece aumentar cada vez mais. Há muitos cursos técnicos que podem servir como porta de entrada para este mercado que movimenta muito dinheiro no mundo todo. Esta área de conhecimento exige uma constante atualização e próatividade do profissional.


Num próximo post vou abordar o que é um sistema, seus significados e a evolução até sistemas de informação.


Qualquer dúvida, pode ser colocado nos comentários ou enviado email para elton.souza@acad.pucrs.br